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2024-07-25

“Formamos mil pessoas só no último ano”


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Passaram mais de 10 anos desde a criação do “Horizontes”, um programa de desenvolvimento contínuo dos recursos humanos criado pela Riopele.

O “Horizontes” integrou largas centenas de colaboradores em ações de formação. Claudia Queirós recorda que “este programa marcou uma viragem da Riopele na estratégia da formação”, tendo sido “implementado numa fase de grandes mudanças na Organização”. Só no último ano, sublinhou a Diretora de Recursos Humanos da Riopele, “formamos mais de 1.000 trabalhadores e contabilizamos mais de 50.000 horas de formação”.

 

A Riopele criou em 2012 o seu próprio programa de formações, o “Programa Horizontes”. Qual a importância deste programa para a empresa?

O Programa Horizontes marcou uma viragem da Riopele na estratégia da formação. Foi implementado numa fase de grandes mudanças na Organização, que implicavam um maior investimento no desenvolvimento das Pessoas. A estratégia de implementar um programa com uma identidade própria, com objetivos claros e conteúdos desenhados à medida com a equipa interna de formadores, foi importante para alargar os horizontes individuais, fortalecer o trabalho em equipa e a cultura por valores.

Qual tem sido o resultado e quantos colaboradores já passaram pelo programa horizontes?

O Programa Horizontes teve a particularidade de chegar a todos os trabalhadores, com uma formação transversal, como o Workshop, Produto, Processo e Controlo, que aborda os processos internos da cadeia de valor da Riopele e permitiu que todos partilhassem as suas vivências na Riopele. Ainda hoje continua a ser uma formação fundamental para a integração dos novos trabalhadores.

A aposta em formação de gestão, competências digitais e formação na área comportamental, foram, também, dos principais focos do Programa Horizontes. Os resultados estão à vista, atingimos os nossos objetivos, fruto do contributo de trabalhadores com mais conhecimento e mais competências.

O último ano foi extraordinário ao nível do investimento em formação, formamos mais de 1.000 trabalhadores e contabilizamos mais de 50.000 horas de formação, com um forte contributo e empenho dos nossos formadores internos. Destaco, a formação de “Empower Management”, que permitiu a um grupo de 66 quadros, a oportunidade de participar numa formação avançada de gestão, na Porto Business School, desenhada à medida para as necessidades Riopele, com um total de 172 horas.

Qual tem sido o feedback dos trabalhadores?

O feedback dos trabalhadores é positivo, a formação e desenvolvimento são aspetos valorizados pelos nossos trabalhadores. Temos esse retorno nos resultados dos questionários de Clima Organizacional e pelo acompanhamento que fazemos durante e após a formação. Quando os resultados não atingem o esperado, procuramos soluções alternativas para reforçar as competências.

Há um incentivo a todos os níveis, da Organização, para o desenvolvimento de competências na Riopele. Este estímulo é fundamental, nomeadamente, o apoio da Administração, que foi impulsionadora do Programa Horizontes, desde o primeiro dia.

Qual a importância da chegada de sangue novo à Riopele?

O dinamismo de quem chega de novo é sempre relevante para a Organização, porque traz novas dinâmicas de trabalho, novas ambições e novos desafios para a gestão e para a liderança. Desta forma, a empresa evolui e atrai a nova geração de talento. Por outro lado, considero que um dos pontos fortes da Riopele é o conhecimento intergeracional, a partilha do conhecimento e dos valores, que passa de geração em geração. É importante continuarmos a promover um ambiente saudável de partilha entre as várias gerações.

Qual a metodologia que a Riopele adota para atrair uma nova geração de talentos?

A Riopele está cada vez mais próxima da nova geração, através da relação com as escolas e universidades, nomeadamente, com a presença em feiras de emprego, palestras e com o acolhimento de programas de estágios. Por outro lado, a aproximação às famílias também gera curiosidade nos familiares mais novos, dos nossos trabalhadores, que manifestam interesse em conhecer a empresa por via de estágios, visitas e até mesmos de eventos como a festa de natal e do family day. A primeira edição do family day, em 2023, permitiu a visita das famílias à empresa, na modalidade de “portas abertas”, e na segunda edição que decorreu este mês, permitiu um momento de convívio extraordinário no Parque de Jogos José Dias Oliveira.

Na sua opinião, quais serão as novas competências necessárias para a indústria do futuro?

Estamos na era da Inteligência Artificial (IA), tenho muita curiosidade sobre o que o futuro nos reserva. Apesar de todos os processos de automatização e de integração de IA, continuo a acreditar que o conhecimento das pessoas continuará a fazer a diferença. É importante estarmos disponíveis para aprendizagem contínua e para o reskilling, pois, a maioria de nós poderá não estar a fazer a mesma função a médio prazo e devemos estar preparados para a mudança. Acredito que a criatividade e a aprendizagem contínua serão fundamentais, aliadas às competências pessoais, como a colaboração, comunicação e a empatia.