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Está na Riopele há mais de dois anos e, aos 27 anos, assume um dos maiores desafios do seu percurso profissional. O novo gestor do mercado italiano da Riopele prepara-se agora para continuar a explorar o país da moda e a oferecer o que de melhor a empresa tem para dar. Trata-se de “um mercado que requer atenção, disponibilidade e um forte vínculo comercial, inclusive o poder negocial”, refere Luca Pinhal.
Nesta entrevista, partilha a sua visão sobre os desafios e oportunidades que enfrentou, tanto no mercado nacional como agora no italiano, e revela as estratégias que irá adotar para continuar a responder às exigências dos clientes e de uma indústria em constante transformação.
Ainda se recorda do primeiro dia na Riopele? Como evoluiu o seu percurso ao longo do tempo?
Sim, recordo-me. Foi um dia dedicado a conhecer as instalações, as equipas, o produto, bem como a missão e os valores da empresa. Sendo esta a minha primeira experiência na indústria têxtil, os primeiros meses foram de grande aprendizagem, com o apoio de colegas experientes que facilitaram a minha integração no departamento comercial. Foi neste ambiente de aprendizagem e cooperação que as minhas competências e responsabilidades evoluíram.
É o responsável pelo mercado português. Como evoluiu o mercado nos últimos dois anos?
Assumi a responsabilidade do mercado nacional num período pós-pandémico, quando ainda havia grandes disrupções nos mercados. No entanto, já se começavam a sentir sinais de esperança na recuperação. Vivia-se um período de grande incerteza, mas, paradoxalmente, com um ritmo acelerado. Desde então, o mercado tem vindo a estabilizar, o que nos dá maior segurança e nos permite proporcionar um serviço melhor aos nossos clientes, especialmente no que diz respeito a prazos de resposta e entrega.
Quais são os principais desafios deste mercado?
O principal desafio do mercado português é, sem dúvida, a sua dimensão, especialmente quando comparado com outros mercados em que a Riopele opera. Embora competitivo, este mercado é composto principalmente por empresas de pequena e média dimensão, que não dispõem dos recursos e canais de escoamento comuns em mercados maiores. Estas particularidades exigem que a Riopele, enquanto empresa com grande projeção internacional, adote uma abordagem específica para consolidar a sua presença no mercado nacional.
Assume agora uma nova responsabilidade, o mercado italiano. Quais são as suas expectativas para este novo desafio?
É um mercado que exige atenção, disponibilidade e um forte vínculo comercial, inclusive o poder negocial, sobretudo devido à sua importância para a Riopele. Apesar de já operarmos neste mercado há muitos anos, acredito que ainda há muito por explorar, com grande potencial para crescer e alcançar excelentes resultados.
Quais serão as principais diferenças entre o mercado português e o italiano no setor têxtil?
Sem dúvida, a dimensão dos mercados. O mercado italiano é muito maior e composto por empresas altamente consolidadas no cenário mundial da moda, estando na vanguarda das tendências. Isso faz com que seja mais exigente, requerendo de nós uma maior capacidade de inovação e antecipação. Por outro lado, o mercado português trabalha com projetos menores e prazos mais apertados, o que representa um desafio adicional para as equipas e fornecedores, como a Riopele.
Itália tem uma grande reputação no mundo da moda. Como é que a Riopele continua a inovar neste mercado e a oferecer novas propostas aos clientes?
A Riopele opera na indústria têxtil há quase um século, sendo uma empresa de referência a nível mundial graças ao seu compromisso com a inovação e o desenvolvimento de produto. Estas vantagens competitivas permitem-nos trabalhar em parceria com outras empresas, incluindo clientes de renome, como as marcas italianas. Além disso, contamos com uma rede de agentes locais que conhecem profundamente as exigências do mercado e fazem a ponte entre a Riopele e Itália. Este conhecimento valioso é integrado nos nossos processos de desenvolvimento e produção, o que nos permite oferecer um serviço eficiente e personalizado.
Qual a importância destes dois mercados para a Riopele?
Portugal é o mercado onde a Riopele nasceu e se desenvolveu inicialmente. Aqui, especialmente na região norte, existe um forte tecido empresarial ligado à indústria têxtil, que serve as principais marcas nacionais e internacionais. Por este motivo, o mercado português continuará a desempenhar um papel importante e a oferecer consideráveis oportunidades de evolução para a empresa. O mercado italiano, por sua vez, é de importância estratégica, pois é onde estão localizadas grandes empresas que ditam as tendências mundiais, estação após estação. Isso exige da Riopele uma grande capacidade de adaptação e reinvenção para acompanhar este que é um dos nossos principais mercados de vendas.
Quais são os objetivos que estabelece a curto prazo para este novo desafio?
Desde já, e considerando o que já mencionei sobre o mercado italiano, é fundamental manter e reforçar a relação de confiança que temos vindo a construir com os clientes, de forma a fortalecer e estreitar as nossas relações comerciais. Além disso, tendo em conta a atual volatilidade das tendências, o nosso objetivo é explorar e antecipar, sempre que possível, as necessidades e exigências dos nossos clientes.