Riopele lança tecido sustentável que incorpora cortiça em exclusivo para o setor da mobilidade

A Riopele continua a dar passos para se afirmar como uma referência ao nível do desenvolvimento de soluções sustentáveis. Imbuído nesse espírito, lançou um novo tecido produzido com matéria-prima reciclada com origem em desperdícios, agregando resíduos de cortiça.

Esta nova proposta de produto envolveu diversos departamentos da Riopele. A base criativa é a Tenowa (o acrónimo de “Textile No Waste”) que, na sua génese “quebra o sistema linear de produção”, na medida em que “os tecidos são produzidos de desperdícios têxteis, não existindo necessidade de utilizar apenas matérias-primas virgens”, destaca Albertina Reis.

De acordo com a Diretora de I&D da Riopele, este tecido foi “desenvolvido no conceito economia circular, com matéria-prima reciclada com origem em desperdícios, fios e tecidos da empresa, agregando resíduos de cortiça proveniente da produção de rolhas de cortiça, habitualmente incinerado, versando uma produção de têxteis diferenciadores, inovadores e sustentáveis”. A cortiça, em particular, é um recurso 100% natural e reciclável, sendo inerentemente sustentável, biodegradável e renovável.

Este novo produto é, agora, um dos finalistas dos iTechStyle Awards, na categoria Tecidos, numa escolha que contou com várias dezenas de propostas assentes nos pressupostos de inovação e a sustentabilidade. Recorde-se que até 2025, a Riopele ambiciona que 80% dos seus artigos se enquadram em categorias de sustentabilidade

Em exclusivo para o setor da mobilidade

João Amaral acrescenta que “a Riopele tem a exclusividade desde produto para a área da mobilidade”. O gestor de design da área de mobilidade da Riopele realça que “este novo desenvolvimento apresenta características técnicas muito interessantes”, porque para além de assegurar “uma maior resistência (à abrasão, à formação do borboto e ao desgaste), apresenta estabilidade dimensional durante o processo de lavagem e secagem e propriedades antibacterianas”.

Forte aposta no setor da mobilidade

Com praticamente um século de experiência no desenvolvimento de tecidos para a fileira da moda, a Riopele está, desde o final de 2021, a investir em novas áreas de negócios. “A Riopele está a diversificar o nosso negócio para o segmento dos têxteis técnicos e a investir em áreas de negócio complementares como, por exemplo, a indústria automóvel e os segmentos profissional e militar”, recorda João Amaral.

Uma das fortes apostas consiste na “introdução de uma visão de moda no setor da mobilidade”. “Temos realizado visitas e participado em reuniões com os principais fabricantes mundiais do setor automóvel, aos quais apresentamos as nossas propostas para projetos conceptuais e produção de pequenas séries”. João Amaral defende que “o setor da mobilidade enfrenta um processo de profundas alterações”, sendo expectável que “aumente a procura matérias-primas mais amigas do ambiente e de maior diferenciação”.