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2023-02-06

Riopele quer entrar no novo TGV


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A Riopele está a diversificar as áreas de negócio. Para além da fileira moda, o setor da mobilidade, enquadrado na fileira dos têxteis técnicos, é a aposta. A empresa quer estar pronta para o novo TGV.

“A Riopele, pela sua dimensão e capacidade instalada, procura sempre potenciar novas áreas de negócio”, considera João Amaral. O responsável do segmento de negócio Riopele Textile E-Motion sublinha que a empresa procura “aliar o longo historial e conhecimento no segmento de moda e vestuário a uma abordagem criativa e diferenciadora no desenvolvimento de novos produtos para o setor da mobilidade”. A trabalhar neste segmento desde o início de 2020, “a Riopele tem vindo a colaborar com algumas empresas europeias de referência e quer estar pronta para o novo TGV”.

Para isso, “a Riopele desenvolveu dois novos produtos exclusivos: materiais têxteis com cortiça incorporada e materiais produzidos a partir de resíduos têxteis, tendo por base o conceito da nossa marca de tecidos Tenowa”. A presença neste segmento está a “desafiar a empresa e a despertar novas áreas de negócio”.

O projeto TGV, a ser discutido pelo Governo português, é um dos objetivos. “Gostaríamos que o novo comboio da alta velocidade tivesse um cunho português”.

Em paralelo, a Riopele está a colaborar com algumas das mais importantes marcas do setor automóvel à escala internacional. “Queremos introduzir uma visão de moda no setor da mobilidade, procurando a aceitação dos fabricantes da nossa estratégia e posicionamento”, concluiu João Amaral.

Aposta na área da sustentabilidade dá frutos

A Riopele quer, até 2027, ser uma das primeiras empresas do setor a nível europeu operacionalmente neutra em carbono.

A área sustentabilidade é decisiva no posicionamento estratégico da empresa com sede em Famalicão. “Também a indústria automóvel se encontra na encruzilhada da sustentabilidade. Temos fabricantes a anunciar o fim do uso de pele natural, veículos de série a integrar materiais naturais e reciclados, veículos conceptuais que no fim de vida são 100% recicláveis, pelo que nos cabe identificar soluções e desenvolver produtos concretos para estes novos desafios”.

A outro nível, de acordo com responsável deste segmento “sem abordar o tema da condução autónoma, o futuro passará por habitáculos mais confortáveis como um prolongamento da nossa sala-de-estar, com incorporação de matérias-primas mais amigas do ambiente e de maior diferenciação. As decisões de compra do consumidor serão mais conscientes e exigentes, existindo também neste ponto uma mudança radical dos fabricantes”.