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O ano de 2022 representou um ano histórico para a Riopele, com um volume de negócios a somar cerca de 92,6 milhões de euros, na sua quase totalidade com destino direto ou indireto aos mercados internacionais, e o regresso aos resultados líquidos positivos de cerca de 1,2 milhões de euros.
Num exercício marcado por uma grande agitação no plano internacional, a Riopele cresceu mais de 40%. “A performance ao longo do ano foi bastante assimétrica, uma vez que as margens até ao terceiro trimestre, inclusive, estiveram sobre bastante pressão, verificando-se uma recuperação no último trimestre do ano, onde a atualização dos preços de venda se faz sentir com maior expressão”, sublinhou José Alexandre Oliveira.
De acordo com o Presidente da empresa, em 2022 “foi possível manter os níveis de tesouraria equilibrados, sendo decisivos os apoios disponibilizados pelo Governo ao nível económico, mais concretamente, o programa Apoiar Indústrias Intensivas em Gás e a redução das tarifas de acesso às redes”. Adicionalmente, “foi assim possível manter o caminho de redução de dívida, com um objetivo claro de ampliação das vantagens competitivas, melhorando a eficiência produtiva e organizacional, tendo sempre em mente elementos que permitam ganhos qualitativos e de inovação, ambientais e de eficiência energética”.
Fundada em 1927, a Riopele é uma das mais antigas empresas têxteis europeias e uma referência internacional na criação e na produção de tecidos para coleções de moda e de vestuário. A empresa incorpora práticas sustentáveis em todos os níveis do negócio, apostando na produção de tecidos de qualidade elevada, desenvolvidos a partir de fibras naturais, sintéticas, artificiais e recicladas.
A Riopele anunciou, em, 2022, o seu compromisso ambicioso para se tornar operacionalmente neutra em carbono até 2027, através da implementação de um conjunto de medidas e projetos, que permitirão que todas as operações da empresa tenham um impacto ambiental zero. Operacional está já a nova central de biomassa, que permitirá reduzir o consumo de gás natural em aproximadamente 70%.
Uma das particularidades da empresa assenta no facto de integrar verticalmente todo o ciclo produtivo. A empresa privilegia a criação e produção de tecidos de moda e, complementarmente, começa a sedimentar resultados no domínio da mobilidade, em especial com o lançamento de um novo tecido produzido com matéria-prima reciclada com origem em desperdícios, agregando resíduos de cortiça.
O ano de 2022 marcou, igualmente, o regresso em força às principais feiras internacionais do setor têxtil. A Riopele fez as malas e, em pouco mais de 60 dias, embarcou para Londres, Paris, Milão, Munique e Tóquio. Da presença nestes eventos têxteis mundiais “pressente-se já um ambiente de retoma de negócios” sublinhou José Alexandre Oliveira.