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2021-08-31

Têxtil português supera concorrência europeia


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As grandes cadeias de retalho à escala mundial estão a reduzir a sua dependência da China enquanto centro de abastecimento da produção, na sequência da pandemia de Covid-19. Portugal afigura-se, cada vez mais, como um player de referência, superando outros concorrentes de peso como Itália.

De acordo com dados do jornal espanhol Modaes.es, no top 5 dos mercados de produção, perfila-se, sem surpresa, no primeiro posto a China (a perder peso relativo para os concorrentes), seguido de Turquia, Bangladesh e Índia. Portugal surge no 5º posto, destacando-se dos concorrentes europeus.

“Pelo conhecimento acumulado ao longo de gerações, capacidade de desenvolvimento de novos produtos, serviço e flexibilidade produtiva, Portugal é um parceiro de referência ao nível do setor têxtil e vestuário”, sublinha José Alexandre Oliveira. “Acresce” – continuou o Presidente da Riopele – “que Portugal beneficia de uma situação geográfica privilegiada, que lhe permite responder muito rapidamente às solicitações do mercado”.

Ainda de acordo com a mesma publicação, os quatro maiores produtores de moda do mundo (Inditex, H&M, Fast Retailing e Gap) em conjunto adquiriram no mercado chinês de 18,79% da sua produção (em 11.301 fábricas). Há um ano essa percentagem ascendia a 26%. Portugal assegura, nesta fase, 6,05% do total adquirido por estes quatro retalhistas de referência. No top dez dos maiores fornecedores dos grandes players de retalho a nível mundial surgem, ainda, Vietname, Marrocos, Camboja, Indonésia e Itália.