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2024-02-11

Indústria têxtil cai mas aumenta quota no exterior


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Após o recorde conseguido em 2022, as exportações do setor têxtil caíram cerca de 5,6% em 2023 tendo fechado o ano com um volume de negócios de 5,753 milhões de euros. Feitas as contas, a indústria portuguesa continuou a aumentar a quota de mercado nos principais destinos da União Europeia.

De acordo com a ATP (Associação Têxtil e Vestuário de Portugal), “após um registo histórico conseguido em 2022, no último ano Portugal exportou 5,753 milhões de euros, um valor 5,6% abaixo do exportado em 2022, o que representou uma quebra de 339 milhões de euros. Para este resultado em muito contribuiu a quebra verificada nas exportações de vestuário de malha (menos 8%, representando menos 198 milhões de euros) e nos têxteis-lar e outros artigos têxteis confecionados (menos 102 milhões de euros, menos 12%)”.

Ainda de acordo com a ATP, assinala-se uma recuperação assinalável no vestuário em tecido, acréscimo de mais 5%, equivalente a um acréscimo de 53 milhões de euros. “Marrocos foi o destino que mais cresceu quer em valor, quer em quantidade. De assinalar ainda o crescimento das exportações em valor para o Canadá, Polónia, Roménia e Arábia Saudita”.

No plano inverso, Espanha foi o destino que registou maior quebra nas exportações têxtis portugueses, segundo a ATP, quer em valor quer em quantidade. “Os mercados europeus Itália, França, Alemanha e Países Baixos, mas também os Estados Unidos e o Reino Unido, foram os que mais contribuíram para o fraco desempenho das exportações portuguesas”.

Houve de facto uma contração acentuada da procura nestes mercados ocidentais “que afetou o valor e volume das exportações portuguesas de têxteis e vestuário. No entanto, a nossa quota de mercado aumentou em quase todos eles”, concluiu.