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A indústria têxtil e do vestuário encerrou o primeiro semestre com exportações de 3135 milhões de euros, um aumento de 18,6% face ao período homólogo do ano anterior. Os mercados comunitários estão a crescer 19,3%, num total de 2327 milhões, e os extracomunitários valeram 808,3 milhões, mais 16,5%.
Num contexto particularmente adverso, tratou-se de um primeiro semestre "muito positivo", nas palavras de Mário Jorge Machado. Para o presidente da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP) "conjunturalmente, atravessamos um primeiro semestre muito positivo, com Portugal a ser procurado pelas principais marcas europeias, e algumas mundiais, para produção de peças de maior valor acrescentado e para os segmentos mais altos”.
Os próximos meses serão, de alguma incerteza, com a definição dos rumos da guerra na Ucrânia que ensombra a Europa, e com o aumento dos custos das matérias-primas e energia e, consequentemente, da inflação a gerar preocupação. “O mês de julho já foi complicado, com pedidos de adiamentos de entregas, alguns cancelamentos e diminuições das quantidades encomendadas", explicou o dirigente associativo.
A Indústria Têxtil e de Vestuário é uma das mais importantes indústrias para a economia portuguesa, representando 10% do total das Exportações portuguesas; 20% do Emprego da Indústria Transformadora e 9% do Volume de Negócios da Indústria Transformadora.
Na fileira moda, Portugal tem registadas cerca de 6 mil sociedades, sendo responsável por mais de 130 mil postos de trabalho, maioritariamente no Norte de Portugal, em cidades como Porto, Braga, Guimarães e Vila Nova de Famalicão.