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Na contagem decrescente para a celebração do centenário, a Riopele continua a preparar-se para o futuro. Francisca Oliveira, da 4ª geração da empresa, está a dar os seus primeiros passos na indústria têxtil após um percurso internacional excecional, com passagens pelas melhores universidades de Londres e Paris, seguidas de uma experiência no grupo Inditex, em Espanha.
"Sinto que comecei esta jornada de trabalhar na Riopele no momento certo", diz Francisca Oliveira. "A minha juventude permite-me crescer profissionalmente ao lado de pessoas que trabalham aqui há anos e que me transmitem o conhecimento técnico da indústria têxtil".
A Francisca representa a 4ª geração da família Oliveira à frente da Riopele e já trabalha na empresa há mais de um ano. Já consegue medir o pulso da empresa?
Sim, estou imersa na realidade da Riopele desde jovem. Lembro-me de ser criança e pedir ao meu pai para trazer para casa sobras de tecido para que eu pudesse fazer roupas para as minhas bonecas, e este interesse precoce despertou a minha paixão por trabalhar com tecidos e pela indústria da moda. Sempre tive uma visão clara de que o meu caminho me levaria eventualmente a juntar-me à Riopele de forma bem preparada.
Agora, passados mais de um ano, sinto que comecei esta jornada de trabalhar na Riopele no momento certo, pois acredito que as competências e a experiência que trago do meu passado estão a contribuir para o crescimento contínuo da empresa. Além disso, a minha juventude permite-me crescer profissionalmente ao lado de pessoas que trabalham aqui há anos e que me transmitem o conhecimento técnico da indústria têxtil.
A Riopele é tudo o que esperava? Como está a correr a adaptação?
Mesmo antes de trabalhar oficialmente na Riopele, estive muito envolvida com a empresa nos últimos anos, o que me deu uma ideia do que seria trabalhar aqui. No entanto, este ano superou as minhas expectativas. A Riopele é uma empresa rica em história e conhecimento, o que proporciona um enriquecimento inestimável para jovens profissionais a iniciar as suas carreiras, pois podem desenvolver ainda mais as suas competências.
O meu primeiro ano na Riopele passou muito rápido, mas sinto que estou aqui há muito tempo, pois numa indústria de ritmo acelerado, já consegui fazer parte de vários projetos e conhecer dinâmicas importantes da empresa. A Riopele proporciona aos jovens uma visão de 360º de uma empresa e os projetos interdepartamentais permitem que pessoas de diferentes departamentos trabalhem juntas e discutam soluções para o futuro.
Estudou em Londres e Paris, duas das principais capitais europeias da moda. Como foi a experiência de estudar no estrangeiro?
Os meus anos em Londres e Paris foram um turbilhão de emoções. Foi um período que me moldou como pessoa, transformando-me numa solucionadora de problemas e pensadora crítica. Ao mudar-me para Londres aos 18 anos, tive a oportunidade de conhecer muitas pessoas de todos os cantos do mundo que ainda hoje desempenham um papel na minha vida.
Londres é uma cidade onde há sempre algo a acontecer, e como estudante de moda, foi o local ideal para aprender sobre os aspetos tecnológicos, inovadores e sustentáveis da indústria da moda. No Instituto Marangoni, fomos desafiados por marcas de moda renomadas a desenvolver projetos para elas, expandindo a nossa rede dentro da indústria.
Após completar os meus três anos em Londres, decidi prosseguir com um programa de mestrado em Paris, no Institut Français de la Mode. Aqui, experienciei o lado mais luxuoso da moda e aprendi sobre o savoir-faire francês através de workshops práticos. Sou muito grata por ambas as experiências, pois foram a combinação perfeita para a minha jornada académica.
Deu os seus primeiros passos no universo da moda precisamente dentro de um dos maiores grupos mundiais, Inditex. Que lições aprendeu?
A Inditex é um universo em si, oferecendo uma visão de como as marcas de moda operam e se adaptam ao cenário em constante mudança da indústria. A minha experiência lá empurrou-me novamente para fora da minha zona de conforto, permitindo-me interagir com pessoas que falavam e trabalhavam numa língua diferente, o espanhol. Aprendi rapidamente a importância de fazer perguntas e de participar ativamente nas discussões para aproveitar ao máximo o meu tempo lá.
Ainda é relativamente jovem e está a dar os seus primeiros passos na empresa. Qual é a sua visão para o futuro da Riopele?
É difícil fazer previsões para uma indústria tão complexa, uma vez que as coisas estão constantemente a mudar ao nosso redor. No entanto, a minha visão para o futuro da Riopele baseia-se em dois pilares principais. Em primeiro lugar, a nossa força de trabalho e como nos adaptamos às necessidades e expectativas das novas gerações no local de trabalho. Com uma equipa motivada, estou confiante de que a Riopele continuará a ter sucesso. Em segundo lugar, os padrões de consumo dos nossos clientes. Ao implementar políticas sustentáveis, podemos antecipar mudanças na procura e adaptar a oferta da Riopele para satisfazer novos requisitos em termos de qualidade e certificações, mitigando potenciais impactos nas nossas atividades empresariais.