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2024-02-26

Francisca Oliveira, a 4ª geração da Riopele


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Na contagem decrescente para o seu centenário, a Riopele continua a preparar no futuro. A dar os primeiros passos no mundo empresarial, depois de um percurso académico irrepreensível com passagem pelas melhores faculdades em Londres e Paris, está Francisca Oliveira, a protagonista da 4ª geração da empresa.

“Sinto que embarquei no desafio de trabalhar na Riopele no momento certo” acredita Francisca Oliveira. “O facto de ainda ser jovem permite-me crescer a nível profissional ao lado de pessoas que trabalham aqui há vários anos e que me transmitem todos conhecimentos técnicos relacionados com a indústria têxtil”.

 1. A Francisca representa a 4ª geração da família Oliveira à frente dos destinos da Riopele e integra os quadros da empresa há já mais um ano. Já é possível sentir o pulso à empresa?

Sim, estou familiarizada com a realidade de Riopele desde miúda. Lembro-me de, quando era pequena, pedir ao meu pai para trazer restos de materiais de produção para casa para poder fazer roupas para as minhas bonecas, e este interesse que manifestei desde cedo despertou a minha paixão pelo trabalho com tecidos e pela indústria da moda. Sempre tive uma visão clara de que o meu percurso acabaria por me levar a trabalhar na Riopele de uma forma qualificada. Agora, passado mais de um ano, sinto que embarquei no desafio de trabalhar na Riopele no momento certo, pois considero que as competências e experiências que trago do meu passado estão a contribuir para o crescimento contínuo da empresa. Além disso, o facto de ainda ser jovem permite-me crescer a nível profissional ao lado de pessoas que trabalham aqui há vários anos e que me transmitem conhecimentos técnicos relacionados com a indústria têxtil.

2. A Riopele é tudo aquilo que esperava?

Antes de trabalhar oficialmente na Riopele já tinha vindo a desenvolver uma forte ligação com a empresa ao longo dos últimos anos, o que me permitiu ter uma noção do que seria trabalhar neste contexto. No entanto, este ano superou as minhas expetativas. A Riopele é uma empresa com uma longa história e muito know-how, o que é extremamente enriquecedor para os jovens profissionais que estão a iniciar as suas carreiras, uma vez que podem desenvolver as suas competências.

3. Estudou em Londres e em Paris, duas das grandes capitais europeias da moda. Como foi a experiência de estudar no exterior?

Os anos que passei em Londres e Paris foram um turbilhão de emoções. Foi um período que me moldou como pessoa, ao longo do qual ganhei competências de resolução de problemas e pensamento crítico. Quando fui viver para Londres, aos 18 anos, tive a oportunidade de conhecer imensas pessoas de todo o mundo que têm estado presentes na minha vida até hoje. Londres é uma cidade em que há sempre alguma coisa a acontecer e, enquanto estudante de moda, foi o lugar ideal para obter conhecimentos sobre os aspetos tecnológicos, inovadores e sustentáveis da indústria da moda. No Istituto Marangoni, fomos incumbidos de desenvolver projetos para marcas de moda de renome, o que nos permitiu alargar a nossa rede de contactos no setor. Ao fim de três anos em Londres, decidi frequentar um programa de mestrado em Paris, no Institut Français de la Mode. Nesse contexto pude explorar o lado mais luxuoso da moda e familiarizei-me como savoir-faire francês através de workshops práticas. Sinto-me muito grata por ter tido estas duas experiências, pois foram a combinação perfeita em termos de percurso académico.

4. A Francisca deu os passos no universo da moda precisamente num dos maiores grupos a nível mundial, a Inditex. Que aprendizagens foi possível recolher?

A Inditex é um universo em si mesma e, nesse contexto, permite perceber como é que as marcas de moda funcionam e se adaptam num setor em constante mudança. A minha experiência nesta empresa permitiu-me sair da minha zona de conforto novamente, uma vez que tive de interagir com pessoas que falavam e trabalhavam num idioma diferente, o espanhol. Aprendi rapidamente a importância de fazer perguntas e participar ativamente nas discussões para aproveitar ao máximo o tempo que lá passei.

5. A Francisca ainda é relativamente nova e está a dar os primeiros passos na empresa. Qual a sua visão para a Riopele do futuro?

É difícil fazer previsões para um setor tão complexo, uma vez que as circunstâncias que nos rodeiam estão em constante mutação. No entanto, a minha visão para a Riopele assenta em dois pilares fundamentais. Em primeiro lugar, a nossa mão-de-obra e a forma como se adapta às necessidades e expetativas de novas gerações relativamente ao local de trabalho. Com uma equipa motivada, estou confiante de que a Riopele irá manter o seu sucesso. Em segundo lugar, os padrões de consumo dos nossos clientes. Ao implementar políticas sustentáveis, podemos antecipar alterações na procura e adaptar a oferta da Riopele de forma a cumprir os novos requisitos em termos de qualidade e certificações, minimizando os potenciais impactos da nossa atividade empresarial.