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2022-11-28

“ADN europeu da Riopele é uma mais-valia na abordagem aos mercados asiáticos”


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Iniciou funções no Departamento de Gestão da Qualidade, fez parte da primeira equipa que esteve no projeto de certificação dos sistemas de gestão da qualidade. Posteriormente, assumiu responsabilidades na gestão da área de “Customer Service” durante cerca de 20 anos. Hoje é uma das profissionais da área comercial com mais experiência na Riopele, colaborando regularmente em mercados como a China, Coreia do Sul e Hong Kong. Em todos eles, Fátima Ferreira, considera que o ADN europeu da Riopele é uma mais-valia considerável.

Ainda se recorda do primeiro dia na Riopele? Como foi esse dia?

O meu percurso nesta empresa já é longo. Iniciei como estagiária em março de 1994, pelo que as memórias dos primeiros dias já não são muito claras. Lembro-me que iniciei com uma visita pela fábrica e que fiquei fascinada com a organização e dimensão desta empresa. A disponibilidade e o apoio dos responsáveis pelas áreas que visitei são um aspeto muito positivo que recordo. Estes primeiros impactos foram certamente decisivos para a minha permanência até ao dia de hoje na Riopele.

No seu entendimento, de que forma evoluiu a empresa nos últimos anos?

A evolução foi enorme, destaco os investimentos realizados em todas as áreas produtivas ao longo principalmente dos últimos 10 anos, que nos permite estar ao dia de hoje ao nível dos melhores e ir ao encontro das necessidades de todos os mercados com produtos de excelência. Esta evolução alargou-se a todas as áreas da empresa, destaco também a aposta recente nas ferramentas digitais e a “revolução” na área da sustentabilidade.

Considera que a evolução da empresa é percecionada desde o exterior?

Sem dúvida. O reconhecimento desta evolução chega através dos nossos clientes, dos projetos nacionais e internacionais em que participamos e nos quais somos distinguidos com mérito.

Qual a importância do mercado chinês para a Riopele?

O poder económico desta potência e a sua dimensão são fatores relevantes para este mercado continuar a ser atrativo para realização de negócios. No entanto, importa ressalvar que a política Covid Zero implementada pelo governo chinês teve e continua a ter consequências muito negativas nos resultados finais. Os últimos três anos não refletem, por essa razão, os objetivos orçamentais definidos para este mercado.

A China é conhecida, internacionalmente, como a “Fabrica do Mundo”. Que argumentos competitivos tem a Riopele para apresentar neste mercado?

Um dos argumentos que nos diferencia da concorrência é o facto de sermos uma empresa vertical que nos permite reagir de uma forma mais célere, bem como apresentar produtos diferenciados, com elevado nível qualitativo. Também o cumprimento dos requisitos específicos do mercado, a flexibilidade nos processos desde o desenvolvimento até ao produto final são relevantes. O serviço continua a ser igualmente um fator competitivo que a Riopele oferece aos seus clientes.

Para além da dimensão populacional, as principais cidades chinesas distam milhares de quilómetros uma das outras. De que forma é possível abordar um mercado com esta amplitude?

A barreira linguística e a dimensão populacional são os principais fatores para que a abordagem a este mercado seja realizada através de uma agente que trabalha connosco há uma década. O contacto direto com os clientes ocorre nas feiras em que participamos bem como em visitas que habitualmente realizamos duas vezes por ano. Infelizmente, face ao impacto que a pandemia continua a ter neste mercado, as visitas a feiras e a clientes estão suspensas desde março de 2020. Ainda assim, isso não nos impede de abordar o mercado. Diariamente trabalhamos para responder às necessidades dos clientes, numa relação de grande complementaridade com o I&D.

Os profissionais do setor na China são sensíveis à temática da sustentabilidade?

Na China esse não é, pelo menos para já, um argumento competitivo determinante. O tema começa a ser abordado, mas o facto é que as encomendas de produtos sustentáveis são atualmente residuais. Os sinais que vamos obtendo, nomeadamente da participação da Riopele em feira na China, é que o interesse tem vindo a aumentar.


A Fátima aborda igualmente, outros mercados asiáticos como a Coreia do Sul e Hong Kong...

Em todos os mercados asiáticos, o ADN europeu da Riopele é uma mais-valia considerável. Não me parece que existiam grandes diferenças do ponto de vista do negócio entre a China e Hong Kong. Já a Coreia do Sul apresenta um grande potencial. Temos com os nossos parceiros sul-coreanos uma relação de grande proximidade. Diria mesmo de grande abertura e compromisso. É uma relação estável, que queremos naturalmente aprofundar.