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1. Qual a importância do mercado japonês para a Riopele?
O mercado japonês sempre foi bastante importante para a Riopele, muito especialmente pelo seu posicionamento estratégico. É uma enorme referência ao nível dos padrões de consumo e mesmo na esfera da moda e das tendências em particular. A Riopele trabalha com o mercado japonês há praticamente 30 anos, cerca de quatro milhões de euros são realizados nesse mercado, representando aproximadamente 5% do nosso volume de negócios.
2. Que argumentos competitivos apresenta a Riopele num mercado tão exigente como o japonês?
Para além da qualidade dos seus tecidos, que é e sempre foi bastante apreciada pela grande maioria dos nossos clientes no Japão, também o facto de a Riopele trabalhar com as principais marcas de moda europeias e norte-americanas é muito importante, na medida em que permite que as nossas coleções sejam vanguardistas e respondam a critérios tão relevantes como atualidade, funcionalidade e serviço.
3. O António já trabalhou em vários mercados do continente asiático. Quais são as grandes especificidades do mercado japonês?
Tratam-se, todos eles, de mercados bastante exigentes, tanto no que diz respeito à qualidade, mas também no que diz respeito ao serviço e aos prazos de entrega. No entanto, confiança é a palavra-chave para se obter um bom e saudável relacionamento com os clientes japoneses. Pode demorar algum tempo e até algum trabalho, mas depois de estabelecermos uma relação de confiança, tudo se torna mais fluído e o relacionamento é bastante facilitado. Uma das principais dificuldades é naturalmente a barreira linguística, situação que é sempre torneada com a preciosa colaboração do nosso agente no mercado.
4. Do seu ponto de vista, a sustentabilidade é uma moda que veio para ficar ou uma oportunidade para distinguir as empresas inovadoras e responsáveis das outras?
Na minha opinião, a sustentabilidade, para além de uma moda ou uma oportunidade de distinguir as empresas, é uma necessidade. No entanto, e no que diz respeito ao mercado japonês, sentimos que não é ainda a grande prioridade. Importa, por isso, que possamos, em conjunto com os nossos parceiros no mercado, promover ações de sensibilização junto do público em geral. Este tema é incontornável já hoje e deverá ser uma preocupação central quer das empresas, quer dos clientes. Nesse domínio em particular, a Riopele está na vanguarda e, por isso, poderá ser uma referência no mercado.
5. Como se efetiva a presença da Riopele no mercado?
A nossa relação com o mercado japonês começou ainda no século passado. É uma aposta consistente. Visitamos regularmente os nossos clientes, temos um agente local e participamos regularmente na “European Textile Fair” em Tóquio (JITAC), o que acontecerá novamente este ano em outubro, entre os dias 4 e 6.