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2021-10-01

“O Brexit não é um problema”


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Nome - Rita Fortes
Idade - 43
Naturalidade - Porto

Ainda se recorda do primeiro dia na Riopele. A memória está bem viva, mas a realidade da empresa mudou. Rita Fortes é natural do Porto, mas é em Itália e no Reino Unido que constrói os negócios do amanhã.

Ainda se recorda do primeiro dia na Riopele? Como foi esse dia?

Claro que sim. Foi no final do mês de agosto de 2007. Fui recebida pela Maria João Moreira que, que nos primeiros anos, foi minha diretora e a quem tenho que agradecer pelo acompanhamento que me deu durante esse tempo. Foi ela quem me mostrou o departamento comercial e os colegas com quem viria anos depois a construir uma excelente relação trabalho e ao mesmo tempo de amizade. Apesar de cada um ter os seus mercados, somos uma equipa coesa e partilhamos muito conhecimento e experiências entre nós. O que mais me “impressionou” foi a organização e a grandiosidade da Riopele: primeiro das instalações, mais tarde do sistema de trabalho.

No seu entendimento, de que forma evoluiu a empresa nos últimos anos?

A Riopele durante estes anos teve a capacidade de investir e evoluir de forma contínua, tanto no que respeita ao produto e à marca, bem como na sua imagem. A capacidade de responder rapidamente às exigências dos clientes e, mais importante, antever as suas necessidades é uma das nossas grandes características. Para isso, os departamentos de I&D e comercial têm desempenhado um papel fundamental para alavancar estas mudanças.

Qual a importância do mercado inglês para a Riopele?

Em termos de volume, o mercado inglês já foi para a Riopele um dos seus principais mercados. Neste momento, e devido a toda a conjuntura socioeconómica, o Reino-Unido perdeu algum volume, mas mantém a importância estratégia. Trabalhamos, por exemplo, com clientes como All Saints, Victoria Beckam, Paul Smith, Roland Mouret e Ted Baker, entre outros. Acresce que temos marcas de venda exclusivamente on-line que começam a ter um desempenho muito interessante como ME + EM, ou marcas emergentes como Mother of Pearl ou The Fold.

O Brexit constitui um problema?

O Brexit não é, de todo, um problema. Desde logo porque a União Europeia e o governo inglês negociaram um acordo comercial que é favorável para as empresas. Para além disso, internamente a Riopele criou condições para agilizar processos e eliminar alguma da carga burocrática existente, de modo a facilitar o relacionamento com os nossos clientes. Neste momento, estamos assim a refazer uma estratégia focada num crescimento sustentado e em diferentes faixas de mercado. Obviamente a Riopele não se posiciona no segmento preço, mas antes em produtos de qualidade, num serviço fiável e a um preço justo.

A Rita também é responsável pelo mercado italiano. Sendo Itália um player de referência no setor da moda, quais são os argumentos competitivos que a Riopele tem para oferecer?

Diria que a verticalidade e fiabilidade da marca Riopele. A verticalidade praticamente não existe no setor têxtil italiano e é um ponto competitivo bastante forte. Imagem, inovação e serviço são igualmente argumentos relevantes. Ao nível da rápida resposta às solicitações dos clientes somos uma empresa de referência.

Qual é a importância da Riopele estar presente no mercado italiano?

Itália é onde tudo acontece (ou quase tudo) em termos de moda, pelo que a presença da Riopele neste mercado é bastante importante. Prestamos um serviço de excelência a marcas como Armani, Alberta Ferreti, Margiela, Moschino, Pinko ou Versace e, em simultâneo, absorvermos tendências e ideias que nos permitem estar constantemente na vanguarda.